Olá viajantes! Hoje iremos falar sobre a Islândia, ou “A Terra do Gelo”, lar de diversos fenômenos geológicos, das famosas criaturas do folclore escandinavo e de algumas das paisagens mais inspiradoras do mundo!

Confesso que eu e Sara estávamos tendo um certa dificuldade em encontrar o destino perfeito para inaugurar a sessão sobre os países da Europa. Queríamos que fosse um lugar especial pra nós, mas que ao mesmo tempo se tornasse especial para  cada um de vocês também. Então, depois de pensarmos bastante, decidimos que a Islândia seria o destino que cumpriria perfeitamente esse requisito!  

Bom, acho que depois desse pequeno desabafo já podemos começar a explorar essa terra cheia de mistérios.

   A Islândia é um pais nórdico insular (cercado de água) europeu situado no Oceano Atlântico Norte.

   Seu território também abrange algumas pequenas ilhas localizadas entre a Europa continental e a Groelândia, como, por exemplo, Hrísey, Grímsey e o arquipélago de Vestmannaeyjar. Mas antes de continuarmos a falar sobre essa terra fantástica, devemos deixar de lado aquela ideia de que devido ao fato de os países escandinavos, como a Noruega e Dinamarca, possuírem temperaturas bem baixas ao longo do ano, são lugares não muito convidativos ou agradáveis para se passar as férias com a família, amigos ou até mesmo para fazer um mochilão em busca de aventuras, muito pelo contrário, esses destinos oferecem muito mais diversão do que se costuma imaginar. Um ótimo exemplo a se citar são os Fiordes noruegueses, onde, além da experiência única de se contemplar uma paisagem pra lá de fantástica durante uma caminhada revigorante, ainda se tem a oportunidade de se fazer um incrível passeio de caiaque.

   Devido a sua localização na dorsal mesoatlântica (uma cadeia de montanhas submarinas que se estendem ao longo dos limites das placas tectônicas), esta situa-se no encontro entre as placas norteamericana e euroasiática. A cordilheira é exatamente a zona em que uma nova crosta oceânica vai se formando continuamente por meio de erupções vulcânicas, enquanto as placas se afastam, a uma taxa de 2,5 cm ao ano, fazendo o país crescer. Toda essa atividade geológica existente no país não atrai somente a atenção de geólogos e de turistas curiosos como a gente, mas também, provoca diversas mudanças na paisagem excêntrica do país. 

   A Islândia possui um relevo bastante acidentado, cheio de montanhas localizadas numa espécie de planalto com altitude média em torno de 500 metros. O interior é constituído principalmente por um planalto caracterizado por campos de areia, montanhas e glaciares. Atualmente, apenas um quarto da superfície do país tem zonas florestais. A vegetação remanescente consiste em gramíneas e pequenos arbustos.

    A palavra "Islândia" tem sua origem na língua nórdica antiga e significa "A Terra do Gelo", como denominada pelos primeiros desbravadores vikings que chegaram à ilha. A pesar disso, o país é aquecido pela corrente do Golfo, proporcionando um clima temperado em relação à sua latitude e oferecendo um ambiente habitável. O clima da costa da Islândia é oceânico subpolar, ou seja, possui verões frescos e curtos e invernos suaves  com temperaturas que não são menores que -3°C. A corrente marítima do Golfo, faz com que as temperaturas sejam menores e os invernos menos rigorosos. todo o litoral do país, essencialmente na parte sul, é mais quente por causa dessa corrente marítima, o que geralmente impede a formação de blocos de gelo (inclusive no inverno). 

  

   O maior e mais conhecido é o Vatnajökull com mais de 8 mil quilômetros quadrados. Outros glaciares importantes são os Langjökull, Hofsjökull e Mýrdalsjökull. Nos últimos anos, a área desses glaciares tem diminuído significativamente, e essa redução é atribuída ao aquecimento global. 

   

   Por conta da atividade vulcânica, existem ainda muitos gêiseres e fontes termais por todo o território islandês. O gêiser mais famoso e tamém mais antigo surgiu por volta do século XIV e é conhecido como "Geysir" (cujo nome deu origem a tais nascentes eruptivas).

   Culturalmente ligada à Europa, a Islândia não possui nenhum traço geológico em comum com o continente.

   

   Segundo Landnámabók (um manuscrito medieval islandês descrevendo o povoamento do país pelos nórdicos entre os séculos IX e X) o povoamento da Islândia começou em 874, quando o chefe norueguês Ingólfur Arnarson se tornou o primeiro morador permanente da ilha. Outros exploradores, como Naddoddr já a tinham visitado antes, mas ficaram lá apenas durante o inverno. Nos séculos seguintes, os povos de origem nórdica e céltica se instalaram no território da Islândia.

  

   Até o século XX, a população islandesa era fortemente dependente da pesca e da agricultura e o território do país era, entre 1262 e 1918, parte das monarquias norueguesa e, mais tarde, dinamarquesa. Ainda no mesmo século, a economia e o sistema de proteção social da Islândia desenvolveram-se rapidamente e, nas últimas décadas, o país tem implementado o livre comércio no espaço econômico europeu, acabando da dependência da pesca e partindo para novos domínios econômicos no setor de serviços, finanças e de vários tipos de indústrias. A Islândia tem uma economia de livre mercado com baixos impostos em comparação com outros países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O país possui uma sociedade desenvolvida e tecnologicamente avançada cuja cultura é baseada no patrimônio cultural das nações nórdicas. 

A herança cultural do país inclui a cozinha tradicional islandesa, a poesia e as sagas islandesa medievais. Nos últimos anos, a Islândia tornou-se um das nações mais ricas e desenvolvidas do mundo, tendo sido classificada pela ONU como o terceiro país mais desenvolvido do mundo. Em 2008, entretanto, o sistema bancário do país falhou, causando contração econômica significativa, o que fez com que os país perdesse várias posições na lista dos países com maior PIB per capita, além de dar início a uma agitação política que levou à antecipação das eleições parlamentares, fazendo a Jóhanna Sigurdardóttir, a primeira-ministra.

   O país conta com uma população de quase 320 mil habitantes em uma área de cerca de 103 mil Km², sendo esta relativamente jovem para um país desenvolvido, tendo em vista que uma em cada cinco pessoas tem 14 anos ou menos. Com a taxa de fecundidade de 2,1 a Islândia é um dos poucos países europeus com uma taxa de natalidade suficiente para o crescimento da população a longo prazo. A expectativa de vida em média na ilha é de 81,8 anos ( em comparação com uma média de 79,5 anos na OCDE), a quarta maior do mundo.

   A maior parte da população concentra-se em estreitas faixas no litoral, nos vales e na região sudoeste do país. estima-se que mais da metade dos habitantes de todo o país situa-se na capital Reiquiavique e cidades próximas.

   Cerca de seis por cento da população islandesa veio de outros países, principalmente de países europeus, apesar do número de estrangeiros que se naturalizam islandeses ter diminuído nos últimos anos.

   O idioma oficial da Islândia é o islandês (Íslenska). Quando a Islândia foi colonizada, os principais habitantes vieram da Noruega e, portanto, falavam a mesma língua. No entanto, por volta do século XIV, a língua norueguesa evoluiu. Os islandeses porém não acompanharam essa evolução, entre outros motivos, devido à rica literatura da época. Graças a isto, atualmente um islandês pode ler um texto do século XII sem dificuldade.

   O idioma é uma herança cultural tão importante para o povo Islandês, que eles até criaram uma política de preservação da língua. Para segui-la, em vez de adotar novas palavras de origem estrangeira para designar inovações tecnológicas, os islandeses criam uma nova palavra com origem em vocábulos antigos e dão a elas novos significados. A palavra simi, por exemplo, significa telefone, e tolva significa computador.

   A Islândia é um dos países com os melhores indicadores de saúde do mundo. A quantidade de médicos por pessoa no país é maior do que a de qualquer outra nação do mundo.

Ao contrário dos demais países desenvolvidos, não há hospitais privados e planos de saúde são praticamente inexistentes. Uma parte considerável do orçamento do governo é voltado para a saúde.

   Além disso, a Islândia tem um nível muito baixo de poluição, graças à forte confiança do governo em energia geotérmica, à baixa densidade populacional e ao elevado nível de consciência ambiental entre os cidadãos. De acordo com uma avaliação da OCDE, a quantidade de metais tóxicos na atmosfera islandesa é muito menor do que qualquer outra medição em outros países industrializados.

   A cultura islandesa possui suas raízes nas tradições nórdicas e sua literatura é reconhecida principalmente por sua sagas e eddas, que foram escritas durante a Idade Média.

   Também existem alguma crenças tradicionais que continuam em vigor até hoje; um exemplo é o fato de que alguns islandeses acreditam em Elfos, ou pelo menos não estão dispostos a descartar a sua existência.

   A produção cinematográfica compôe uma importante parte da economia islandesa, com a criação de diversos filmes por ano. A paisagem peculiar do país também é popular entre os cineastas de Hollywood, que vão ao país para produzir diversos filmes famosos, como foi o caso das produções "Die Another Day", "Batman Begins" e "Flags Of Our Father". As séries "Game of Thrones", cuja algumas de sua cenas foram gravadas no local, e "LazyTown" também não ficam de fora.

   O mundo começou a conhecer a nova música vibrante que começava a surgir no século XX com a sua banda de Rock Alternativo Sugarcubes, liderada pela cantora Björk, que viria a se tornar a cantora mais famosa do país com reconhecimento internacional.

  

  

   Como Björk, os músicos islandeses estão revolucionando sua forma de interpretação da música, apresentando um estilo diferente dos estilos europeu e americano, sempre tentando fazer algo novo, como podemos citar o ótimo exemplo da banda de Folk Rock “Of Monsters and Men” que surgiu em 2010 (aliás, eu e a Sara super recomendamos essa banda! Eles fazem um som incrível, diferente de tudo que você já ouviu. Se você gosta de músicas medievais ou com uma pegada meio Celta, Of Monsters and Men com certeza é uma ótima aposta!!!).

   A influência escandinava no país não está presente apenas na literatura e na arquitetura, mas também nas lendas e crenças do povo islandês, que faz questão de manter viva, passando de geração em geração, toda uma cultura imaterial nórdica que desperta a imaginação de todos que visitam o país.

  ATRAÇÕES:

   O turismo está entre os setores que mais crescem na economia islandesa, e, ao contrário do que muitos pensam, a Islândia possui as mais diversas atrações turísticas.

   As características naturais, principalmente as mais peculiares como os gêiseres, as piscinas quentes de lama e os glaciares, atraem muitos visitantes para o país. Sendo o país com a menor densidade populacional da Europa, o cenário natural se encontra bastante conservado, o que atrai, além dos turistas, muitos fotógrafos e artistas.

   Skógafoss é uma das maiores quedas de água da Islândia. está situada na antiga linha costeira da parte sul da ilha, a cerda de 5 Km da localidade de Skógar. Tem uma altura de 60 m e largura de 25m, e transporta água do rio Skógaá proveniente dos glaciares Eyjafjallajökull e Mýrdalsjökull. Devido a enorme quantidade de partículas aquosas na atmosfera, costuma ser visível um arco-íris nos dias de sol.

   

    O Geysir é uma nascente eruptiva no vale de Haukadalur, no sudoeste da Islândia, cujo nome deriva do verbo gjósa, "jorrar", e deu origem ao termo géiser em português. A 50 metros do Geysir, está um outro gêiser, muito mais ativo - o Strokkur.

O Museu Nacional das Islândia é um museu dedicado à história e cultura da Islândia, localizado na cidade de Reiquiavique, a capital do país. Fundado em 1863, o museu contém mais de 16.000 objetos - dos tempos da colonização até os nossos dias, incluindo roupas, ferramentas agrícolas, móveis e barcos de pesca.

   Uma sessão do edifício está dedicada aos testes de ADN da populção islandesa, desde os primeiros colonos. Uma outra parte do museu mostra a carreira musical da cantora islandesa Björk.

   A Galeria Nacional da Islândia é um museu nacional cuja ênfase principal da coleção é na artes islandesa do século XIX e XX, mas a arte internacional também é apresentada. O museu possui a mais valiosa coleção de obras de artistas islandeses no país, incluindo também uma impressionante variedade de obra de artistas de renome internacional, como Pablo Picasso, Edward Munch, Karel Appel, Hans Harstung, Victor Vasarely, Richard Serra e Richard Tuttle.

   Museu Falológico é um museu temático localizado na cidade islandesa de Reykjavik. Todo o seu acervo é composto de peças dedicadas ao falo (do latim phallus: um dos vários sinônimos para o pênis).Fundado em 1997 pelo professor Sigurður Hjartarson, possui um acervo de 280 exemplares de 93 espécies de animais e inclui 55 pênis retiradas de baleias e até de ratos. O maior pênis do museu e de uma baleia-azul que tem 1,70 metros de comprimento e o menor exemplar fálico é o de um hamster, com apenas 2 milímetros. Em 2011 o museu adicionou ao seu acervo um pênis humano de um doador de 95 anos que faleceu, mas tinha doado o órgão em vida. Em virtude de problemas na cirurgia, este exemplar é mantido num vidro de formol.Além dos exemplares de espécies animais, o museu também possui esculturas em formatos fálicos.

  

 É claro que existem mais inúmeras atrações e coisas legais para fazer nesse país fascinante, aqui reunimos apenas algumas informações sobre ele para chamar a atenção de cada vez mais viajantes a vivenciarem essa experiência inesquecível! Esperamos que, assim como a gente, você também tenha se apaixonado pela Islândia e adicionado esse destino inusitado à sua Travel List!

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